quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

“Chorar e lavar louças.Lavar o rosto e também as louças,idéia louca não acha?Tenho tido muitas outras,desde comer um pedaço de uma nuvem do jardim até criar estrelas-do-mar na bacia.Faz falta ter alguém que não deboche de mim ao ouvir minhas idéias como essas.Faz falta aquele que conheci,disse que me amava e que não importava com o que ocorresse depois ainda estaria aqui.Puta falta de consideração,adivinhe só...eles já se foram.Para aonde eu não sei,só sei que nessa ida eu to ficando.Ficando sozinha.Mais que mentira minha!Eu não estou sozinha.Quer dizer,pode ser que esteja no sentido figurado mais só assim mesmo.(Olha que constrangedor,eu me contorcendo em um texto de minha autoria,vê se pode!Quer dizer,voltando para o texto)


 Fazia tanto tempo que trancava a porta do quarto me certificando que a janela estava fechada –e sem ninguém me encarando do outro lado-,sentava na cama e tentaria organizar algum versinho que fosse para derramar no papel.É tanta imaginação solta  dentro de mim,que não consigo parar e tentar ‘bolar’ alguma coisa que junte tudo e faça alguém se lembrar de um texto meu.Se me pedissem para colocar aqui,as primeiras coisas que estivesse pensando agora,seria: Paredes nuas,rigidez,remédios,cifras,crianças e fuga.Fuga.Tento me imaginar fugindo.Tudo que me vem na cabeça primeiramente é algum vulto correndo atrás de mim.Mas na segunda vez que tento,me vejo olhando atrás com uma malinha velha nas mãos,com um sorriso escapando no rosto e em um jardim de violetas,rosas,orquídeas e outras flores que não reconheço.Fugir também não me parece uma idéias ruim.Fugir da vida.Fugir dos problemas.Fugir das regras e lagrimas.Fugir fugir fugir.Sem nada pra atrapalhar nem mesmo vírgulas ou pontos.Vontade sem funda é a minha de fugir.Sem fundo e sem cabimento.Algo como a cartola de um mágico vestido de terno preto que...Epa!Acabou de ‘sacar’ de lá um coelho que também vinha fugindo nessa historia. ‘Fugindo’,eu repito,que nem eu.”

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